Este é o primeiro post deste Blog. Depois de vários anos de vida inconformados com falhas de projeto no mundo, resolvemos insurgir, começando pelo brilhante aeroporto de Santos Dumont, no Rio.
Analisem a seguinte cena:
Para quem conhece, este é o saguão do primeiro piso do aeroporto, que antecede a sala de embarque. Esta é a visão que tivemos quando sentamos nas cadeiras próximas à fila de entrada para a sala de embarque, tomando nosso lanche ao lado do Café e Bar Aeroporto Santos Dumont.
Notaram algo de errado? Um analista não notaria... Mas um sênior executive perceberia de primeira! Mas nós, nem um nem outro, temos apenas uma coisa a comentar sobre esta foto: o Aeroporto Santos Dumont TáUmaMerda!
A) Você que está esperando seu vôo do lado de fora do embarque provavelmente está com fome. Ou cansado. E tem de estar atento ao seu vôo. Como todo humano esperto, você compra o seu lanche, senta-se em uma das mesas do Bar ou cadeiras do saguão, e posiciona-se para ver a tela de Departures da Infraero. Certo? Porém, você não conseguirá fazer todas essas três coisas ao mesmo tempo, pois “três é demais”. Para tech-boys, “três é demais” é um dos principais anti-patterns encontrados pelo mundo. Expliquemos a cena:
Montando-se a planta baixa do saguão, e projetando o campo de visão útil de 160° para o monitor, chegamos ao seguinte:
Ou seja: ou você não senta, ou você não come, ou você não fica informado sobre o seu vôo. À exceção de um raro privilegiado lugar!
B) Você gosta de fila? Provavelmente não. Eu também não. Porém, o Santos Dumont muda este comportamento das pessoas. Todos pegam a fila da entrada 1 para a sala de embarque, mesmo quando a outra entrada está livre. Afinal, todos os seres humanos sofrem de carência momentânea de quociente de inteligência? Ou são induzidos à burrice? Ou só o projetista não pensou bem antes de criar as duas entradas? No geral, por que se criam duas entradas para um recinto qualquer? Em situações sãs, as entradas são espaçadas para pessoas que vêm por caminhos diferentes terem oportunidades mais rápidas para adentrarem o recinto. E, quando não há essas premissas, cria-se apenas uma grande entrada para ampliar a vazão. Este é o anti-pattern de downscale: “dois pequenos é melhor que um grande”.
Como podem ver, alguns projetos vão bem... Outros TãoUmaMerda!
Esta maravilhosa imagem (tremida, pois estavam me expulsando do elevador) foi tirada no elevador de um hotel do RJ. 
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